sexta-feira, setembro 01, 2006

30 de agosto de 2006 14h00
Surpresas na tela da segunda noite do Vídeo Potiguar

Se destacaram os vídeos “Primeiro Amor”, “Deus e o Diabo na Cidade do Sol”, “Constantine”, “Rua Chile” e “Um Beco no meu Caminho, Um poema processo”, entre outros.

"A segunda noite da 6º Festival do Vídeo Potiguar novamente será lembrada pelas boas ficções apresentadas e pelo amadurecimento entre os documentaristas. As boas idéias deixaram no ar a explícita necessidade das duas categorias, Ficção e Documentário, novamente serem avaliadas separadamente. Esta é a opinião da maioria das pessoas que lotou mais uma vez o TCP no segundo dia do Festival do Vídeo Potiguar, evento que integra o 16º Festnatal e é patrocinado pela Prefeitura do Natal.
Ritmo das ações, originalidade dos roteiros e algum experimentalismo se sobressaíram em trabalhos como “Primeiro Amor” e “Deus e o diabo na Cidade do Sol”, melhores vídeos da noite na opinião do público. Entre os documentários, “Rua Chile” foi o destaque da noite.
“Primeiro amor” exibiu um diálogo entre uma menina e um sapo de jardim, este fazendo promessas caso fosse beijado. Promessas essencialmente machistas. A atriz é portadora de autismo, o que conferiu uma ingenuidade espontânea à sua personagem. O desfecho é um revés sobre a opressão sofrida pela mulher na nossa sociedade, segundo comentou a diretora Demirtes Custódio.
“Deus e o diabo na cidade do sol”, dirigido pela Perversas Produções, tratou de uma conversa entre o Criador e o demônio numa mesa de bar. O bom argumento fez o filme também se destacar.
Mas houve outras boas surpresas. O curta “Constantine”, de Alexandre Gurgel, foi a primeira ficção da noite. Foi ainda o mais experimental dos vídeos de ontem, e narra, sob um olhar nonsense, o destino de galinhas desde o matadouro até o prato de comida de um homem.
“Rua Chile”, do experiente fotógrafo Carlos Tourinho em conjunto do seus alunos de cinema, foi o documentário que melhor se utilizou da técnica cinematográfica, combinando muito bem os depoimentos, citações, imagens, trilha sonora. Juntamente com “Um beco no meu caminho, um poema processo” foram os destaques entre os documentários exibidos na noite. A participação de personagens conhecidos na cena natalense em “Um beco..” causou empatia do público, e as declarações de Marcelus Bob e sua teoria sobre os humanóides provocaram boas risadas.

Foram jurados nesta mostra o jornalista Moisés de Lima, representando a Capitania das Artes; Josenílton Tavares, representante da ABD&C/RN; Sônia Santos, representante da Fundação José Augusto; Glaunice Fernandes, representante do Cine-SESC/Natal; Jean Franco, representante do CineClube Natal, e Alexandre Onório, representando a crítica cinematográfica local."

Texto produzido pela equipe da FatoNovo. www.festnatal.com



1º LUGAR – JÚRI OFICIAL
A CARPIDEIRA
Direção: Ricardo Granito
Doc. 10 min. e 52 seg.Uma carpideira recebe a visita de um estranho para uma tarefa inusitada.

2º LUGAR – JÚRI OFICIAL
MARROM
Direção: Emanuel Grilo
Ficção. 4 min.Um dia qualquer na vida de um fulano. Entre um gole e outro, recorda o dia em que conheceu Carol. Uma estória pornô-trash que vai parar no imprensa marrom. Aliás, qual é mesmo a cor da desgraça?!

3º LUGAR – JÚRI OFICIAL
RUA CHILE
Direção: Carlos Tourinho
Doc. 14 min. e 40 seg.O documentário faz um passeio pela Rua Chile, local importante pelo ponto de vista histórico, que hoje está sendo ocupada pela indústria da pesca.

MENSÃO HONROSA – JÚRI OFICIAL
DA TERRA DO BARRO BATIDO, NASCEU O BAIÃO. DE TIMBAÚBA DOS BATISTAS, O FORRÓ DE ELINO JULIÃO
Direção: Diogo Moreno
Doc. 23 min.Entre um gole e outro de cachaça, um poeta relembra o maior forrozeiro do Rio Grande do Norte. O cantor e compositor Elino Julião, ao mesmo tempo o forrozeiro conta suas histórias, com alegria e descontração.

MELHOR VÍDEO – JÚRI POPULAR
PRIMEIRO AMOR
Direção: Demirtes Custódio de Oliveira
Doc. 6 min.O primeiro Amor é uma comédia com pitada feminista, onde a protagonista tem uma atitude inesperada mediante as circunstâncias cotidianas.






Well, não foi dessa vez, fazer o quê? Produzir mais, ora essa!
Parabéns a todos que conseguiram se classificar para a Mostra Nordestina
Em especial àqueles que mesmo com todo o problema da equipe de produção do festival como: ausência de áudio em alguns curtas, defeito de projeção em outros; conseguiram atingir o público com essa maravilha que é a sétima arte.
Mãos a obra minha gente.
Como diria meu querido Marcelo: os cães ladram, mas a caravana não pára!!!!

Um comentário:

Márcio disse...

Mas o da gente ganhará! ;)