terça-feira, julho 31, 2007

Tô De LuA



A lua em leão oferece à pessoa uma disposição a ser calorosa, extrovertida, a vivenciar a vida como divertimento e fonte de prazer, a enaltecer as coisas mais simples e torná-las glamourosas.
A pessoa que tem a lua regida por leão é dona de emoções fortes e as oferece com generosidade.

E aí? Tá esperando o quê, benzinho?

segunda-feira, julho 16, 2007

Persistir
Persuadir e insistir
Às vezes cansa?

CANSA

E quando eu canso é porque eu desisto
Igual aos nascidos em maio
E chuto o pau da barraca
Quebro os espelhos
Apago as velas
Bebo a cachaça do copo
Que ofereci em teu nome, amor!

Mas agora eu desisti.
E isso é pior que a morte
- que tem voltas...ah, se têm –
Desisti de esperar calmamente em minha própria sombra refrescante
Desisti de agüentar o peso da carroça, desisti.
Agora quero pastar.

Quero entregar-me a todo o meu prazer
Pois esperar-te me fez cansar.
E cansar de ti foi pior que a morte.




Mantra da noite: Foda-se!

sábado, julho 14, 2007

Ex.Citações

"Convém não facilitar com os bons,
convém não provocar os puros.
Há no ser humano, e ainda nos melhores,
uma série de ferocidades adormecidas.
O importante é não acordá-las".
Nelson Rodrigues

mossoró

Sim, Mossoró é quente
De amolecer o juízo da gente
De amolecer a fala.

O rio é lindo e poluído como tantos rios lindos e também poluídos por onde andei.
O céu é bárbaro faça sol ou faça lua, chover nem pensar.
Mas são nimbus que bailam naquele palco azul, pra onde vai aquela água? Por que não desabam em cima de minha cabeça? Por que não tiram o barro dos meus olhos?

Aquela gente curvada de calor também sofre de amor: amam incansavelmente a terra em que pisam e isso me deu saudade de casa.

Trago na mala histórias de vida e de morte, trago sorrisos e lágrimas, trago os lábios rachados e na mão mais um traço.

Trago fé, forró, vida e quentura.

"fui conhecer com você, amor, a temperatura do deserto"

segunda-feira, julho 09, 2007

PeDiDo De CaSaMeNtO


Eu sei que a gente ia ser feliz juntinho

Pra todo dia dividir carinho

Tenho certeza de que daria certo

Eu e você, você e eu por perto

Eu só queria ter o nosso cantinho

Meu corpo junto ao seu mais um pouquinho

Tenho certeza de que daria certo

Nós dois sozinhos num lugar deserto

Se você não quiser

Me viro como der

Mas se quiser me diga, por favor

Pois se você quiserMe viro como for

Para que seja bom como já é

Eu sei que eu ia te fazer feliz

Dos pés até a ponta do nariz

Da beira da orelha ao fim do mundo

Sugando o sangue de cada segundo

Te dou um filho, te componho um hino

O que você quiser saber eu ensino

Te dou amor enquanto eu te amar

Prometo te deixar quando acabar

Se você não quiser

Me viro como der

Mas se quiser me diga, meu amor

Pois se você quiser

Me viro como for

Para que seja bom como já é.
e tenho dito!

quarta-feira, julho 04, 2007

Eu gostaria de saber se algum dia, por um motivo aparentemente banal, seu peito infla de paixão descontrolada, seja pela pátria ou por flautas, seja lá por qual razão que seja a existência desta festa bárbara.
Eu gostaria de saber o que fazer se depois de tantos dias enobrecendo a vida eu sentisse enobrecer a alma?
Me peguei com os olhos marejados d’água
Minha mãe pensou que fosse caso de juízo.
E eu ali, em frente à televisão.
Eu e a orquestra sinfônica da cidade de São Paulo.
Eu e Heitor no Trenzinho Caipira
É de ficar de pé.

Eu gostaria de saber se algum dia, por um motivo nada banal, seu peito já inflou de paixão descontrolada, seja pela pátria ou por flautas, seja lá por qual razão que seja essa existência bárbara.
São seis e vinte da manhã. O ônibus passa pela praia, passa pelo morro, passa pela escola, passa ladeiras e casas do início dos tempos.
Passa...
Passa aquela tapa de maresia nos cabelos e o barquinho ancorado lá na pedra, passam as meninas do turno da madrugada.
Passa...
Sinto o cheiro do jambo na barraca e as crianças por baixo da catraca. São tantas.
Em sinfonia gargalham.
E passam.
Passa o posto de gasolina e o de saúde. Passa aquela fila de terceira idade.
Passa os becos e a poesia colorida da juventude, passa a casa de lua e estrela e a saudosa maloca já tem três andares.
Como o tempo passa...

segunda-feira, julho 02, 2007

confissão

É quando você não está
Que eu gosto de deixar
Cartas de amor esfarrapadas
Como está o tempo?
Como está o ar?
Quantas horas vai levar
Daqui até aí?
E o mormaço vai subir?
E a chuva vai cair?
A madeira vai molhar?
O teu cheiro vai chegar...
Me desculpe, eu não pretendia
E a vida como anda?
Parecida com a minha?
Se de uns meses pra cá inda é inverno
Se é água até a alma encharcar
Por que eu não paro de escutar
Um cantar, um estardalhar de passarinhos?
Eu queria te falar
De quando eu paro pra olhar
A onda indo e vindo lá no mar
Eu queria te falar só pra te olhar.
Era isso que eu queria.