segunda-feira, julho 02, 2007

confissão

É quando você não está
Que eu gosto de deixar
Cartas de amor esfarrapadas
Como está o tempo?
Como está o ar?
Quantas horas vai levar
Daqui até aí?
E o mormaço vai subir?
E a chuva vai cair?
A madeira vai molhar?
O teu cheiro vai chegar...
Me desculpe, eu não pretendia
E a vida como anda?
Parecida com a minha?
Se de uns meses pra cá inda é inverno
Se é água até a alma encharcar
Por que eu não paro de escutar
Um cantar, um estardalhar de passarinhos?
Eu queria te falar
De quando eu paro pra olhar
A onda indo e vindo lá no mar
Eu queria te falar só pra te olhar.
Era isso que eu queria.

Um comentário:

Jota disse...

Essa tal dessa saudade...

...tora, quebra, arrebenta, corta, destroça...

...isso tudo sem enconstar um dedo na gente.

Tem coisa mais mortal?