São seis e vinte da manhã. O ônibus passa pela praia, passa pelo morro, passa pela escola, passa ladeiras e casas do início dos tempos.
Passa...
Passa aquela tapa de maresia nos cabelos e o barquinho ancorado lá na pedra, passam as meninas do turno da madrugada.
Passa...
Sinto o cheiro do jambo na barraca e as crianças por baixo da catraca. São tantas.
Em sinfonia gargalham.
E passam.
Passa o posto de gasolina e o de saúde. Passa aquela fila de terceira idade.
Passa os becos e a poesia colorida da juventude, passa a casa de lua e estrela e a saudosa maloca já tem três andares.
Como o tempo passa...
Um comentário:
E como é gostoso que ele passe...
Como eu ouvi numa conversa com um amigo meu: "Envelhecer é merito."
Desde que se envelheça tendo vivido ao máximo.
Beijos!
Postar um comentário