'Graças a ela enfrentei pela primeira vez meu ser natural (...)
Descobri que minha obsessão por cada coisa em seu lugar, cada assunto em seu tempo, cada palavra em seu estilo, não era o prêmio merecido de uma mente em ordem, mas, pelo contrário, todo o sistema de simulação inventado por mim para ocultar a desordem da minha natureza. Descobri que não sou disciplinado por virtude, e sim como reação contra minha negligência; que pareço generoso para cobrir minha mesquinhez, que me faço passar por prudente quando na verdade sou desconfiado e sempre penso o pior, que sou conciliador para não sucumbir às minhas cóleras reprimidas, que só sou pontual para que ninguém saiba como pouco me importa o tempo alheio. Descobri, enfim, que o amor não é um estado da alma e sim um signo do zodíaco.'
Do delicioso Memória de minhas putas tristes.
Do apaixonante Gabriel García Marques.
Por favor em algum momento de suas vidas dêem-se ao imensurável prazer de mergulhar no minimalismo lúdico de Gabriel lendo qualquer uma de suas obras.
5 comentários:
A mim também!
Grato pela visita, Chica. Vou espiar com alma o seu blogue. Só não entendi uma coisa, em seu comentário: "te achei lá nas filhas". Como assim? De qualquer maneira, "trocando em miúdos", voltarei outras vezes. Um beijo.
Estou lendo 100 anos de solidão! Um longa e maluca história.. me apaixonei pela narrativa dele.
>> "Descobri, enfim, que o amor não é um estado da alma e sim um signo do zodíaco." Qual será o dele? kkkkkkkkk
bjo em vc e no jojoca
Olha a sintonia Chica! Comecei a ler essa delícia ontem mesmo. O cara é muito bom mesmo!
Beijo, linda!!!
Maneiríssimo o seu espaço... voltarei mais vezes. beijos!!!
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