sábado, maio 16, 2009

A Outra


Eu que era eu agora é outra.
Outra que nem mais lembrava o nome
e que chamei para tomar-me novamente a vida.
Esta outra que sou eu só ri, não chora
E gargalha com o vento
com uma brisa a qualquer hora.
Mas nada fala,
é quieta,
é muda, é morta.
Vive de sorrisos, esta coitada que é a outra
mas é que eu que era eu sou toda torta
sou toda noite, ou madrugada ou todo o dia.
Inconstância de pensamentos a toda hora
me escapulia pela boca insana, louca...
mas agora não sou mais eu, eu sou a outra.
A que só ri
E que não chora
Que é quieta
E que não grita
A que é muda
E quase morta.

Um comentário:

gabidogato disse...

hoje eu tou mais MESMO pra a MUDA da história.

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